quarta-feira, 25 de abril de 2012

Pesquisa de Campo - DANIELE GROSS.




Entrevista com Danielle Gross docente do curso de Comunicação Social FIAAM/FAAM. Doutorada do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da ECA-USP, é mestre em Ciências da Comunicação pela mesma instituição e bacharelada em Counicação Social - Jornalismo. Expôs um pouco de sua opinião neste vídeo sobre o tema do blog, gravado pela integrante do grupo Nathalia Chianca.


Obs: Como descrição do campo e observação foi possível observar clareza em sua opinião sobre o tema abordado. Aproveitamos para agradece-la pela entrevista,  acrescentando no conteúdo deste presente trabalho.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Andá com fé eu vou que a fé não costuma faiá?



Andá com fé eu vou que a fé não costuma faiá? Bom.. até onde sabemos o que nos move e a capacitação e a coordenação motora, certo? Claro que para aqueles que já nascem com alguma deficiência isso se torna impossível, mas eles creem que algum dia irão andar!  


Todos nós sabemos que a religião e a ciência não são amigas, mas! Por quanto mais os religiosos oprimem e criticam a ciência, elas oram e oram, clamam, ajoelha.. para se ter uma cura que os cientistas estudam e desenvolvem.


Chega até a ser engraçado o modo de que os fiéis são manipulados, numa alienação que não tem fim!
Não sei se existem pesquisas com estatísticas exatas sobre a relação alienados com "milagres" alcançados.


O que eu não entendo é... Se acontece algo maravilhoso foi Deus, se acontece uma Desgraça foi Deus castigando!


É bem mais fácil glorificar algo maior né!?

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Pesquisa de Campo - THAYNARA NATHALY.



Nossa segunda pesquisa de campo foi a entrevista realizada com Thaynara Nathaly, 18 anos Luthier de pianos.


Há quanto tempo você é Ateu?


Desde o Natal de 2010.


O que o levou a essa escolha?


O conhecimento de outras religiões, doutrinas, culturas e o que tem por traz das religiões e crenças.


Há outras pessoas que não creem em Deus em sua família?


Não, muito pelo contrário, em ambos os lados são muito religiosos.


Como seus pais encararam sua escolha?


Negativamente com muita critica, comentários maldosos às vezes até discussão.


Você já acreditou na existência de Deus em algum momento?


Sim,minha família por parte de mãe são evangélicos minha avó é missionaria e meus primos são obreiros, por parte de pai são extremamente católicos, não tinha como discordar.


Como é o dia a dia sem deus e sem fé?


Perfeitamente normal, acho que a crença não influi no que eu faço e em minhas responsabilidades.


Você usa ou já usou expressões como “graças a Deus”, “Deus me livre”, “se deus quiser”, mesmo que por força de expressão?


Sim (risos), porém com ironia. Tenho amigos, muitos amigos e tudo o que eu faço e conquisto é resultado de meus esforços.


Quando se acredita em deus, é possível associar valores éticos e morais à lógica cristã. Quando não se crê em deus, como se fundamentam esses valores? Qual o parâmetro para definir o “certo e o errado”, o “justo e o injusto”, por exemplo?


Todo país tem sua legislação e em algumas escolas aprendemos uma matéria chamada Ética e Cidadania e nos mesmo sabemos em nosso subconsciente o que é certo e errado.


Como você encara datas festivas religiosas como Natal e Páscoa, por exemplo? Comemora ou não? De que forma?


Mais um feriado, um dia comercial é o mesmo que o ano novo Chines, no Brasil. Somos um país católico, os católicos daqui não comemoram essa data ela simplesmente está ali, dessa maneira funciona comigo.


Você já se sentiu/sente-se discriminado por ser ateu? Em caso afirmativo, como foi é a situação?


Muitas vezes já me foram feitas perguntas estúpidas e comentários maldosos, estranho porque em Mateus, VII: 1-2 diz claramente " Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós." Mais eu como pessoa não ofendida.


Qual a sua opinião em saber que o número de brasileiros sem religião já chega aos 12 milhões? Acredita que se a sociedade em geral fosse Ateu, o que no mundo seria diferente? Como que o mundo ia prosseguir?


Sabe quantas pessoas já morreram por religião? Quantas guerras começaram e quantas famílias foram destruídas? O mundo com certeza seria melhor, só que essa cultura vem a gerações só cabe a nós mudar essa hereditariedade.


O ateísmo mudou algo em sua vida?


Mudou meu mundo para a tolerância, sinto mal em lembrar que deixei de conhecer pessoas, por influencia da sua crença.


Obs: Como descrição do campo e observação foi possível ver que Thaynara nos ajudou realizar a a pesquisa, relatamos que a entrevistada se mantave sempre bem aberta e convicta do que fala, brincalhona, sarcastica e educada.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Pesquisa de Campo - DANIEL PEREIRA - ATEA.



http://atea.org.br/


Fizemos a primeira pesquisa de campo com Daniel Pereira, 40 anos, Engenheiro formado na Universidade de São Paulo, criador da ATEA (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) que existe há quatro anos. Daniel nós informou  que não existem em lugar algum reuniões com os demais Ateus que fazem parte deste grupo social, lá eles realizam apenas assembleias anuais estatuárias (atos administrativos da entidade exigidos por lei).


Com base em algumas entrevistas elaboramos essas questões para facilitarmos a pesquisa.

Há quanto tempo você é Ateu?

“Há 40 anos, diz Daniel.” É Ateu desde que nasceu, pois não foi doutrinado por nenhuma religião.

O que o levou a essa escolha?

É Ateu desde sempre e diz que não foi escolha, simplesmente não foi doutrinado em nenhuma outra religião.

Há outras pessoas que não creem em deus em sua família?

“Não.”
        
Como seus pais encararam sua escolha?

“Nunca tive problemas com eles, encararam normalmente.” Diz Daniel. Seus pais são espiritas.

Você já acreditou na existência de deus em algum momento?

“Não”, diz Daniel. “Mas também conheço um pouco de islamismo, espiritualismo, espiritismo, afro-brasileiras e judaísmo, claro.”

Como é o dia a dia sem deus e sem fé?

“A ausência de fé não muda o dia a dia de ninguém, a não ser que o indivíduo vá todo dia pra igreja.”

Você usa ou já usou expressões como “graças a Deus”, “Deus me livre”, “se deus quiser”, mesmo que por força de expressão?

“Já, mas abandonei todas, de uma vez só, anos atrás.”
                                               
Deus é, muitas vezes, uma espécie de suporte para enfrentar as turbulências da vida. Quando não há fé em Deus, o que substitui esse “suporte” nos momentos de dor? Onde você busca consolo/conforto?

“Em nada. Quando descobrimos que papal Noel não existe, de onde você espera que surjam presentes magicamente?” diz Daniel. Pergunto “mas, você busca essa força de onde quando é necessário?” e ele diz “Você busca presentes de natal de onde?” respondo: “Normalmente dos meus pais quando eu ganhava ainda.” E ele diz “pois é, se você quiser ou você pede pra alguém ou você vai e faz.”
                                          
Quando se acredita em deus, é possível associar valores éticos e morais à lógica cristã. Quando não se crê em deus, como se fundamentam esses valores? Qual o parâmetro para definir o “certo e o errado”, o “justo e o injusto”, por exemplo?

“Utilizo o ramo da filosofia chamado "filosofia moral", que é o ramo da filosofia que estuda a determinação dos valores morais.”

Como você encara datas festivas religiosas como Natal e Páscoa, por exemplo? Comemora ou não? De que forma? 

"Natal, como 99% das pessoas: 3Ps - Papai Noel, presente e peru
.Páscoa, como 99% das pessoas: coelho, ovo e chocolate.” Diz o mesmo.

Você já se sentiu/sente-se discriminado por ser ateu? Em caso afirmativo, como foi/é a situação?

“Não foi nada que eu possa provar, mas acredito ter sido despedido mais de uma vez em parte por causa disso. Já foi hostilizado diversas vezes, ameaçado de morte. Quase todo ateu já passou por situação constrangedora, no mínimo.” diz Daniel.

Qual a sua opinião em saber que o número de brasileiros sem religião já chega aos 12 milhões? Acredita que se a sociedade em geral fosse Ateu, o que no mundo seria diferente? Como que o mundo ia prosseguir?

“A maior parte dessas pessoas sem religião é de teístas, então o número não diz muita coisa. Muita coisa seria diferente. Não teríamos 11/9, Camisinha e métodos contraceptivos seriam mais prontamente disponíveis. Não teríamos mais homofobia e a discriminação contra mulheres tenderia a desaparecer, assim como a contra ateus. As guerras religiosas desapareceriam e haveria paz na Irlanda e no Oriente médio. Todos os Estados do mundo seriam plenamente laicos. A pesquisa com células-tronco seria liberada e mulheres que fazem aborto não seriam mais criminalizadas. Não haveria bancada evangélica e os mais pobres não dariam dinheiro voluntariamente para os mais ricos. Ah, se todo o mundo fosse ateu não teria havido inquisição, cruzadas nem escândalo de pedofilia Acho que tá bom pra começar...” diz Daniel.

Obs: Como descrição do campo e observação desta pessoa á qual nós ajudou para realizar a pesquisa, relatamos que foi observado um certo receio e timidez no começo da pesquisa, mais no decorrer da conversa as respostas ficaram um pouco mais abertas. Talvez seja uma característica dele próprio, pois não são todas as pessoas que gostam de falar abertamente com outras pessoas pouco conhecidas, muito menos sobre religião. Ou talvez seja uma característica dos Ateus, já que os mesmo, sofrem um grande preconceito, mas, podemos afirmar que Daniel foi educadíssimo e nós ajudou muito contando seu ponto de vista, aproveitamos para agradece-lo. 

sábado, 14 de abril de 2012

Sobre o nosso trabalho.


Porque escolhemos este tema e o esperamos sobre o mesmo?


Escolhemos este tema primeiramente pela curiosidade de saber como é viver sem acreditar em Deus. Em quem acreditar nas horas difíceis da vida e em quem agradecer pelos objetivos e graças alcançadas? Qual os prós e contras no cotidiano e na sociedade em que vivemos? Como é viver sem ter fé?
No nosso país existem diversas religiões como os católicos, evangélicos, espiritas, umbandistas e etc. A grande maioria tem seu Deus e sua fé e acredita naquilo que acha certo. Já os Ateus, não acreditam em Deus, nem em fé, para eles a ciência é a maneira certa de se acreditar naquilo que não obtemos resposta. Por esse motivo sofrem grande preconceito na sociedade e é por isso que resolvemos pesquisar sobre este grupo social.
Esperamos nessa pesquisa, ver um outro ponto de vista em relação a Deus, religião e fé. Para nós católicos, praticantes ou não, é necessário sabermos sobre esse ponto de vista não só por curiosidade, mais por conhecimento e cultura. Esperamos ver também opiniões de praticantes desta religião ateísta e conseguir responder aquelas questões citadas a cima, que nos levaram a escolher este grupo. Além de observar como são essas pessoas, como elas se portam em meio a uma sociedade, qual seus princípios, objetivos, e o mais importante como elas lidam com este preconceito. Isso é o que vamos tentar mostrar neste blog.
Além das outras postagens que já relatamos aqui, como a história, algumas curiosidades e campanha sobre esta religião.


Sejam bem vindos e boa leitura!

Introdução ao assunto.


ATEÍSMO

Ateísmo é a negação ou a falta da crença na existência de deus(es). O termo ateísmo vem do prefixo grego “a-”, significando “ausência”, e da palavra grega theos, significando “divindade”.
 A negação da existência de Deus é conhecida como ateísmo “ativo” ou “forte”; a simples descrença é denominada ateísmo “passivo” ou “fraco”. Apesar de o ateísmo ser frequentemente visto como algo distinto do agnosticismo — visão segundo a qual não podemos saber se uma divindade existe ou não, mantendo uma posição neutra sobre o assunto —, ele é compatível com o ateísmo “passivo”.

O ateísmo possui uma vasta quantidade de implicações à condição humana. Com a ausência da crença num deus, as questões éticas devem ser determinadas em função dos objetivos e preocupações humanas, cabendo a nós assumir responsabilidade total pelo nosso destino. A morte, nessa visão, marca o fim da existência de um indivíduo.
Em 1994 estimava-se que havia aproximadamente 240 milhões de ateus no mundo — cerca de 4% do total —, incluindo aqueles que professam o ateísmo, o ceticismo, a descrença ou que opõem-se à religião. A porcentagem estimada aumentou significantemente, sendo atualmente algo em torno de 21% da população mundial (se ateus “passivos” forem incluídos).

O Escopo do Ateísmo

Em tempos antigos, pessoas utilizavam ocasionalmente a palavra “ateísmo” como uma ofensa às posições religiosas de seus opositores. Os primeiros cristãos eram chamados de ateus porque negavam a existência das divindades romanas. Ao longo do tempo muitos mal-entendidos surgiram: que os ateus são imorais, que a moralidade não pode ser justificada sem a crença em um deus, que a vida não tem sentido sem um criador. Apesar dessa visão ser bastante difundida, não há evidências de que ateus são menos morais que os teístas. Muitos sistemas morais foram criados sem pressupor a existência de um ser sobrenatural. O “sentido” da vida humana pode basear-se em objetivos terrenos, como melhoria da humanidade.

Na sociedade ocidental o termo ateísmo foi utilizado mais especificamente para designar a negação do teísmo, particularmente o judaico-cristão, que afirma a existência de um Deus pessoal todo-poderoso, todo-sabedoria e todo-bondade. Esse ser criou o Universo, preocupa-se ativamente com problemas humanos e guia sua criação através da revelação divina. O ateísmo “ativo” rejeita esse Deus e as crenças a ele associadas, como a na vida pós-morte, na predestinação, nas origens sobrenaturais do Universo, nas almas imortais, na revelação da natureza divina através da Bíblia e do Corão e na fundamentação religiosa da moral.
O teísmo, entretanto, não é um componente de todas as religiões. Algumas rejeitam o teísmo, mas não são inteiramente ateias. Apesar do Bhagavad-Gita — escritos sagrados do hinduísmo — ser totalmente fundamentado em tradições teísticas, escritos hindus mais antigos — conhecidos como os Upanishads — ensinam que o Brahman (a realidade última) é algo impessoal. O ateísmo “ativo” rejeita até os aspectos panteístas do hinduísmo, que igualam Deus ao Universo. Várias outras religiões orientais, incluindo o budismo theravada e o jainismo, são comumente vistas como crenças ateísticas, mas essa interpretação, a rigor, não é correta. Tais religiões rejeitam a ideia de um Deus criador do Universo como defendido pelo teísmo, mas admitem numerosos outros deuses inferiores. Na melhor das hipóteses, só podem ser consideradas “ateísticas” no sentido de que não aceitam o teísmo.

História

No mundo intelectual do Ocidente o fenômeno da difusão da descrença em Deus possui uma longa e distinta história. Filósofos da antiguidade, como Lucrécio, eram descrentes. Mesmo na Idade Média (do V ao XV século) havia correntes de pensamento que questionavam as assunções teístas, incluindo o ceticismo — doutrina que alega a impossibilidade de se alcançar o “verdadeiro conhecimento” — e o naturalismo — crença de que apenas forças naturais governam o mundo. Vários pensadores iluministas (1700-1789) eram ateus militantes, incluindo o escritor dinamarquês Baron Holbach e o enciclopedista francês Denis Diderot. Expressões de descrença são também encontradas em clássicos da literatura ocidental, incluindo os escritos de poetas ingleses como Percy Shelley e Lord Byron; do novelista inglês Thomas Hardy; de filósofos franceses como Voltaire e Jean-Paul Sartre; do autor russo Ivan Turgenev e de escritores americanos como Mark Twain e Upton Sinclair. Os ateus e críticos de religião mais articulados e conhecidos do século XIX são os filósofos alemães Ludwig Feuerbach, Karl Marx, Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche. O filósofo britânico Bertrand Russel, o psicanalista austríaco Sigmund Freud e Sartre estão entre os ateus mais influentes do século XX.

Motivos para Rejeitar Deus

Críticas ao Teísmo
Ateus justificam suas posições filosóficas de várias maneiras. Ateus “passivos” tentam fundamentar sua posição através da refutação dos argumentos em favor da existência de Deus, como o ontológico, o da causa primeira, o do design inteligente e o da experiência religiosa. Outros argumentam que qualquer afirmação sobre Deus é vazia, pois atributos como “onisciência” e “onipotência” são incompreensíveis à mente humana. Os que professam o ateísmo “ativo”, em contrapartida, defendem sua posição argumentando que o conceito de Deus é inconsistente. Eles questionam, por exemplo, como um Deus “todo-sabedoria” pode ser ao mesmo tempo “todo-bondade” e como um Deus que não possui corpo físico pode ser “onisciente”.

O Problema do Mal
Alguns ateus “ativos” adotam a posição de que a existência do mal torna Deus algo improvável. Em particular, ateus afirmam que o teísmo não explica adequadamente o porquê da existência de um mal aparentemente sem sentido, como o sofrimento de uma criança inocente. Teístas comumente defendem a existência do mal argumentando que Deus deseja que os humanos possuam liberdade de escolha entre o bem e o mal, ou que a função do mal é construir o caráter humano, lhes proporcionando qualidades como a perseverança. Ateus “ativos” contra-argumentam que as justificativas para o mal dadas pelos teístas em termos de livre-arbítrio deixam de explicar por que, por exemplo, uma criança possui doenças genéticas ou sofre violências e abusos de adultos. Os argumentos de que Deus permite a dor e o sofrimento para construir o caráter humano falham, por sua vez, em explicar por que havia sofrimento entre os animais existentes antes que os humanos evoluíssem e por que o caráter não pode ser desenvolvido com menos sofrimento. Para ateus, uma melhor explicação para a presença do mal no mundo é a inexistência de Deus.

Evidências Históricas
Ateus também criticaram evidências históricas utilizadas para sustentar as crenças das maiores religiões teísticas. Por exemplo, argumentaram que a falta de evidências lança dúvidas sobre importantes doutrinas do cristianismo, como a de que Jesus Cristo nasceu de uma virgem e a de que ressuscitou após ter sido crucificado. Devido a tais eventos representarem milagres, os ateus dizem que evidências extremamente fortes são necessárias para sustentar sua veracidade. As evidências disponíveis para respaldar os supostos milagres — de fontes bíblicas, pagãs e judaicas —, segundo os ateus, são fracas, e por isso devem ser rejeitadas.

A Diversidade no Ateísmo

Ateísmo é, primariamente, uma “reação à” ou uma “rejeição da” crença religiosa, e portanto não é possível determinar quaisquer outros pontos de vista filosóficos a partir dele. O ateísmo, às vezes, é associado às correntes filosóficas materialistas, as quais defendem que apenas a matéria existe; com o comunismo, o qual afirma que a religião impede o progresso da humanidade; e com o racionalismo, que coloca a razão acima de outros métodos de investigação. Entretanto, não há qualquer conexão necessária entre o ateísmo e tais posições filosóficas. Alguns ateus opuseram-se ao comunismo, outros rejeitaram o materialismo. Apesar de praticamente todos os materialistas contemporâneos serem ateus, Epicuro — um materialista grego da Antiguidade — acreditava que os deuses eram feitos de matéria na forma de átomos. Racionalistas como o filósofo francês René Descartes acreditavam em Deus, enquanto Sartre não pode ser considerado um racionalista. O ateísmo foi associado a sistemas de pensamento que rejeitam autoridades, como o anarquismo — teoria política que se opõe a qualquer tipo de governo — e o existencialismo — movimento filosófico que enfatiza absoluta liberdade de escolha que os humanos possuem; também não há, contudo, qualquer relação necessária entre tais posições e o ateísmo. O filósofo britânico A. J. Ayer era um ateu que se opunha ao existencialismo; o filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard, por sua vez, era um existencialista que aceitava Deus. Marx era um ateu que rejeitava o anarquismo, enquanto que o novelista Leo Tolstoy, um cristão, adotava o anarquismo. Devido ao ateísmo, estritamente falando, consistir meramente numa negação, ele não pode, por si próprio, proporcionar uma cosmovisão ao indivíduo; logo, é impossível deduzir quais outras concepções filosóficas serão adotadas.

Os debates acerca da existência de Deus continuam, especialmente em universidades, grupos de discussão sobre religião e fóruns eletrônicos na internet. Contemporaneamente, o ateísmo tem sido defendido pelos filósofos John Mackie — um britânico —, Michael Martin — um americano —, entre outros. As organizações expoentes na difusão do ateísmo nos Estados Unidos são a “The American Atheists” [Os Ateus Americanos], “The Committee for the Scientific Study of Religion” [O Comitê para Estudo Científico da Religião] e “The Internet Infidels” [Os Infiéis da Internet].

Autor:     Michael Martin
Fonte: http://ateus.net/artigos/ateismo/ateismo/

Ciência vs. Religião



Pesquisando sobre o assunto conseguimos entender que a resposta dos Ateus para todas as coisas parte da CIÊNCIA e da LÓGICA. O que muitos cristãos acreditam ser obras de Deus, eles acreditam ser da ciência e em alguns casos chega a ser duvidoso. Está imagem mostra a realidade e vendo por este lado a ciência vence.



A ciência está aberta à crítica, que é o oposto da religião. A ciência implora para que você prove que ela está errada — que é todo o conceito. Enquanto a religião o condena se você tentar provar que ela está errada.Ela te diz aceite com fé e cale a boca."

Sobre o livro " DEUS, UM DELÍRIO" de Richard Dawkins.

Depoimento.


"Lembro-me bem que fiquei um bom tempo meditando após assistir um filme sobre a vida de Lutero, não este mais moderninho, um bem antigo. Penso mesmo que a igreja católica deve esta ao Lutero, isto porque o terremoto provocado por aquele "louco" em tempos de venda e compra de indulgência gerou mudanças de comportamento que repercutem até hoje.
Muito do que se mofificou no comportamento daqueles senhores enormes no corpo e na prepotância nos idos da Idade Média, se devem as palavras afiadas de Martinho Lutero.
Avançando no tempo, vejo-me com os olhos grudados em uma estante de livraria conhecida de minha cidade. Exercício que pratico pelo menos uma vez por semana em busca de novos horizontes de leitura.
Mal cheguei por ali e comecei ouvir diálogos que de cara me chamaram a atenção.
- Esse autor deve ser um louco.
- É verdade, dizer que Deus é um delírio.
- E o moço é um cientista de renome internacional.
- Mas se ele fala contra Deus, que Deus não existe, que é um delírio, por quê o senhor quer ler o livro?
Ouço com atenção sem me virar. E a conversa continua.
- Simples, eu sou pastor, mas como posso questioná-lo se não ler o que ele escreve?
- Ah! entendi.
Meu cérebro quase entra em pane. Mal o homem saiu pela porta, eu me virei e fui direto falar com a atendente.
- Que livro tão maluco é esse?
- DEUS, UM DELÍRIO, senhor. Muita gente tem comprado, o senhor não quer levar?
Olhei para o cartão de crédito e como o espeleólogo que precisa sentir o "calor" do perigo para suas descobertas, passei o cartão e comecei imediatamente a leitura. No livro o que está escrito na aba já provoca um arrepio ; "se tudo der certo, como previ, ao final da leitura deste livro o leitor será ateu".
Encarei a frase de Dawkins como desafio. O conceituado cientista faz um esforço tremendo para desconstruir tudo que acreditamos ao longo da nossa formação cristã ou não., qualquer manifestação religiosa. Eis algumas "reflexões" :
"Se não existisse religião, não existiria a tragédia de 11 de setembro"
"Sem religião, as cruzadas não teriam acontecido"
"Essa história de que podemos ajudar na cura de pessoas com oração é algo descabido, uma viagem"
E assim, ao longo de mais de 300 páginas ele vai como uma escavadeira gigante arrancando nossas raízes. Confesso que por momentos me senti tonto, mas depois recobrando o equilíbrio percebi que os escritos de Dawkins, mantidas as proporções de espaço e tempo, nos remete a uma reflexão profunda do que fizemos com a religião, ou sobre o que a religião fez com a gente. Passados tantos anos da existência de Lutero, estamos propagando as franquias de Deus, estamos vendendo curas rápidas, terrenos no céu, vida em abundância...tudo é vendido agora em rede; satélites, internet etc.
A leitura do livro no primeiro momento assusta , mas deve ser um start para termos coragem de encarar nosso "mídio" mundo, onde nem Deus escapa.
Um aviso: se você não estiver muito equilibrado, não leia o livro!!, e se ler tente separar o joio do trigo com cuidado. Boa sorte!!! "


Fonte: http://pt.shvoong.com/books/1745682-deus-um-del%C3%ADrio/#ixzz1s28Ox8Z3z1s28O
Z3